.
JOHNNY & JUNE
(Walk the Line; EUA, 2007)
Dir.: James Mangold
Com Joaquim Phoenix, Reese Whitherspoon, Robert Patrick
2h16min (Original)/ 2h33min (Definitiva) - Drama
.

Neste fim de semana, tive o prazer de encontrar a versão definitiva do filmaço de um dos nomes fortes da musica americana, Johnny Cash. Um dos filmes da excelente safra de autobiografias que surgiram nos últimos 8 anos. Como sempre, nomes de peso da cultura norte-americana, seus problemas na vida pessoal e como isso afetava (para mais ou para menos) suas composições/ performances.
.
A história começa quando Cash ainda era garoto e morava com sua família em uma fazenda no estado americano do Arkansas durande a depressão americana. Depois de vivenciar a perda de seu irmão mais velho e as constantes crises familiares provindas do alcoolismo do pai, Cash vai para o exército onde começa a compor. Quando volta e se casa, monta uma banda e começa a perseguir o sonho do estrelato como um cantor country. E então, finalmente conhece June Carter, artista desde pequena com quem iniciará um relacionamento explosivo e cativante por décadas.
.
O filme que já exalava excelência, ganha 17 minutos adicionais, que nos permite ir um pouco mais a fundo na vida de Cash, mais precisamente em seus momentos de solidão quando tinha inspiração para compor suas musicas. E intensifica sua fase de dependência das drogas, o turbulento relacionamento com o pai (ótima atuação de Robert Patrick), a confusa relação com Vivian, sua esposa e é claro, o conturbado romance com June Carter. E é justamente neste ponto onde o filme encontra sua força maior. As atuações de Joaquim Phoenix (Cash) e Reese Whitherspoon (premiada com o Oscar pela sua interpretação de June Carter) nos faz mergulhar ainda mais no caótico mundo de Johnny Cash. O que fica mais evidente com as alternações de cenas de pura paz, com os ataques de fúria dentro e fora dos palcos, fruto da personalidade explosiva do cantor. No filme, as referências se fazem presentes e é sempre bom reconhecer grandes nomes da época e como os caminhos se cruzaram no tempo. Uma direção acertada e um roteiro caprichado que nos faz vivenciar o "anel de fogo" pelo qual Cash teve de enfrentar.
.
(Nota 9,0).
Nenhum comentário:
Postar um comentário